quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Módulo Gestão - Etapa 1

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SUL-RIO-GRANDENSE
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
POLO HERVAL

MARIA SAR CORRÊA
ROBERTA NUNES MEDEIROS
VITOR HUGO DE SOUZA ALMEIDA

REVISÃO DE LITERATURA


INTRODUÇÃO

Hoje temos um número significativo de professores desenvolvendo projetos e atividades mediados por tecnologias. Mas ainda existem muitas escolas e professores procurando saber como utilizar pedagogicamente os recursos tecnológicos.
Existem muitas dificuldades para que nas escolas sejam desenvolvidos projetos de gestão administrativos e tecnológicos que envolvam a comunidade escolar. Visto que, a necessidade se torna cada vez mais evidente, diante de uma sociedade globalizada. E, as escolas acabaram se tornando inadequadas para o ensino.
Precisamos de educadores humanistas, que experimentem formas de articular a interação virtual com a presencial, que nos ajudem a encontrar os caminhos para equilibrar quantidade e qualidade nos diversos tipos de situações em que nos encontramos hoje. Precisamos que eles nos mostrem como criar novas formas de interação, como incentivar a pesquisa individual e em grupo, a avaliação ao longo do curso, o estabelecimento de vínculos, a discussão aberta de valores importantes para a sociedade.
E de educadores tecnológicos para que nos tragam as melhores soluções para cada situação de aprendizagem, que facilitem a comunicação com os alunos, que orientem a confecção dos materiais adequados para cada curso, que humanizem as tecnologias e as mostrem como meios e não como fins.
É necessário na realização de um projeto que o professor tenha consciência do que pretende do aluno para saber como realizar, onde e por quê. Um projeto deve ter um começo, meio e fim para poder dar continuidade a outros novos projetos, aprendendo com os resultados obtidos em cada um, concertando erros e melhorando os objetivos propostos.

A integração de mídias nos projetos educacionais envolve o conhecimento por parte do professor no uso adequado de cada uma delas para que ocorra uma verdadeira integração dos conhecimentos.

Desta forma, evidenciamos no trabalho como é a realidade das escolas, e como inserir o trabalho pedagógico com um projeto de gestão administrativa pedagógica.


DESENVOLVIMENTO
PROJETO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA PEDAGOGICA EM DISCUSSÃO

Para trabalho de gestão de projetos com novas tecnologias que se abrange a comunidade escolar, na situação atual das escolas, principalmente no aspecto financeiro, é um desafio das direções para a implementação. Vejo que, não havendo um apoio financeiro efetivo, mesmo que a escola tenha formas de interação com a comunidade para gerar fundos, não seria suficiente para ter ou manter uma tecnologia de comunicação, pois o custo de manutenção ou aquisição seria alto. Também, a qualificação dos envolvidos ou agente técnico permanente para criação e atualização dos programas.

Por isso destacamos:

As condições de gerenciamento da muitas das escolas públicas são precárias. Infra-estrutura deficiente, professores mal preparados, classes barulhentas. É difícil falar em gestão inovadora nessas condições. Mesmo reconhecendo essa dificuldade organizacional estrutural, a competência de um diretor de escola pode suprir boa parte das deficiências. (MORAN, 2003, p. XX)

Com a superação, e reconhecimento da comunidade da importância de um projeto tecnológico que beneficie a integração de todos envolvidos na educação dos alunos, a escola poderá buscar caminhos e recurso dentro da própria comunidade, inclusive apoio técnico e manutenção dos equipamentos, ainda com recursos de aporte vinculados a gestores públicos poderá desenvolver. Deste que haja um planejamento e um estudo do que deve se feito pára implantação do projeto.
Um projeto pedagógico pode oportunizar e integrar alunos, professores e gestores ao conhecimento, fazendo uso das mais diversas mídias como a televisão, o radio, o computador, livros, que estejam disponíveis nas escolas. A busca de soluções para a aprendizagem de conteúdos antecipa um projeto, algo que não foi realizado e que pode tornar-se real quando bem planejado. Segundo Barbier (apude MACHADO, 2000, p.XX), “um projeto não é uma simples representação de um futuro, de um amanhã, do possível, de uma idéia, mas sim, é um futuro a ser feito, a se concretizar, a se transformar em real.”

Sendo vencida a questão financeira e técnica, teremos outro desafio:

(...) em escolas com problemas sérios encontramos professores que conseguem comunicar-se de forma significativa com seus alunos e ajudá-los a aprender, também há gestores que superam as limitações organizacionais e contribuem para transformar a escola em um espaço criador, em uma comunidade de aprendizagem utilizando as tecnologias possíveis. (MORAN, 2003, p.XX).

Vejamos, hoje temos uma realidade crítica referente ao quadro de professores, principalmente no nosso município, referente a formação e atuação. Sendo que há, na maioria das escolas professores que atuam em áreas que não estão relacionadas com a formação, e sente dificuldade para dominar os conteúdos, e, no momento que termos uma amplitude aberta deste conhecimento, a comunidade poderá questionar esta formação, que se mostrará deficiente, visto que será exigido mais do professor. Torna-se, assim um outro desafio de enquadramento dos professores que pode levar mais tempo do que para a implantação tecnológica.

Para que aconteça uma relação pedagógica, o professor precisa acompanhar o processo de aprendizagem do aluno, ele tem que entender seu universo cognitivo e afetivo, sua cultura, história e contexto de vida. Além disso, é fundamental que o professor tenha clareza da sua intencionalidade pedagógica para saber intervir no processo de aprendizagem do aluno, garantindo que os conceitos utilizados, intuitivamente ou não, na realização do projeto sejam compreendidos, sistematizados e formalizados pelo aluno. (PRADO, 2001, p. xx).

TECNOLOGIAS DE GESTÃO ADMINISTRATIVA

Referente ao mercado de programas, até o momento não percebemos sua existência, pela falta de acesso ou por ter uma carga horária de trabalho extensa para suprir as necessidades básicas, sem possibilidades de pesquisas sobre o tema. Porém, diante deste quadro apresentado por MORAN:

Existem no mercado programas de gestão tecnológica que têm como princípio integrar todas as informações que dizem respeito à escola. Eles possuem um banco de dados com todas as informações dos alunos, famílias, professores,funcionários, fornecedores e, do ponto de vista pedagógico, bancos de informações Gestão inovadora da escola com tecnologias. Para as aulas, para as atividades de professores, dos alunos, bibliotecas virtuais, etc. Todo esse conjunto de informações costuma circular primeiro numa rede interna, chamada Intranet, à qual alunos, professores e pais podem ter acesso, em diversos níveis, por meio de senhas. Num segundo momento, a Intranet se conecta com a Internet, abre-se para o mundo através de uma página WEB, uma página na Internet, que tem como finalidade imediata a divulgação da escola - marketing -, e como finalidade principal, facilitar a comunicação entre todos os participantes da comunidade escolar. (MORAN, 2003, p.xx)



Assim, com estes recursos existentes, e com as orientações de como trabalhar facilitará a implantação de um projeto tecnológico visando à integração da comunidade. Caberia aos professores a busca da capacitação e a gestoras escolares realizar a difusão do projeto na comunidade.

O homem é um ser inacabado, em contínua busca por novas descobertas e invenções. Novas tecnologias surgem a todo momento, indicando que a aprendizagem continua por toda a vida com diferentes direções. Habilidades outrora consideradas relevantes podem não ser mais necessárias hoje, assim como competências antes irrelevantes ou desconhecidas vão se tornando imprescindíveis. Surgem novos valores e realidades que precisam ser compreendidos pelo diálogo que liberta. (ALMEIDA,2009, pg.XX)




CONCLUSÃO


Desta forma, percebemos que o principal para o desenvolvimento de um projeto de gestão administrativa pedagógica, não depende somente o financeiro, acreditamos que é uma desculpa para justificar a resistência do professorado do uso de tecnologias de uma forma mais abrangente, a comunidade. Também, além de precisar ter o domínio das tecnologias, é necessário uma disponibilidade de tempo para realizar as atividades extra classes, a amplitude dos conhecimentos e questionamentos poderiam divulgar a ineficácia do ensino.

Seria o medo do novo, mas não por ser novo, mas sim pelo desmascaramento do ensino.

O primeiro passo é formar melhor os professores, capacitá-los, e principalmente valorizá-los, para que sua carga horária não seja expressiva e para que não tenha que desenvolver outras atividades para suprir suas necessidades.

Por outro lado, o desenvolvimento do aluno, claro que não atingiria a todos, pois o acesso e o interesse seria restrito.

O professor precisa estar em constante processo de aperfeiçoamento, buscando reconstruir a sua prática, organizar e sistematizar esse processo sendo o grande mediador e motivador no desenvolvimento de projetos pedagógicos.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Gestão de tecnologias na escola: possibilidades de uma prática democrática. Disponível em http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2005/itlr/tetxt2.htmAcesso em 10/02/2006.

--------------. Prática e formação de professores na integração de mídias. Prática pedagógica e formação de professores com projetos: articulação entre tecnologias e mídias. In: ALMEIDA, Maria Elizabeth B. de & MORAN, José Manuel (orgs). Integração das tecnologias na educação. Salto para o futuro. Secretaria de Educação a Distância: Brasília, Seed, 2005. p. 124-127. Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/saltoAcesso em 10/02/2006.

PRADO, M.E.B.B.- Pedagogia de projetos – Disponível em: http://www.eadconsultoria.com.br/matapoio/biblioteca/textos_pdf/texto18.pdf (acessado em 08.07.2011).


PRADO, M.E.B.B. Articulando saberes e transformando a prática. Boletim do Salto para o Futuro. Série Tecnologia e Currículo, TV ESCOLA. Brasília: Secretaria de Educação a Distância – SEED. Ministério da Educação, 2001. Disponível em:

MACHADO, N. J. Educação: Projetos e valores. São Paulo: Escrituras Editora, 2000.

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