sábado, 24 de setembro de 2011

Módulo Rádio - Outro trabalho

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SUL-RIO-GRANDENSE
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
POLO HERVAL


Acadêmica: Jésica Hencke
Módulo Introdutório: Rádio
Atividade 02: Enquete


Número de entrevistados na enquete: 17 alunos (08 meninos, 09 meninas).
Série escolhida: 7ª e 8ª séries (classe multiseriada – interior do município).


1. Com que frequência, habitualmente, ouço o rádio?



2. Quando ouço rádio, eu...



3. Quando ouço o rádio, em que estou interessado?



4. Em minha escola, existem oportunidades para se ouvir rádio?



5. Dentro de um projeto pedagógico, na minha opinião, o rádio pode ajudar...



6. Numere em ordem de preferência quais abordagens uma rádio deve priorizar no espaço escolar:




Considerações:
Através da realização da enquete com estes alunos, foi possível esclarecer alguns pontos quanto à utilização do rádio e a importância de uma rádio, para informar, sintonizar e democratizar o acesso a informação em lugares afastados do centro municipal, certamente não é uma localidade de difícil acesso, mas seus moradores trabalham próximo a sua moradia tornando-a mais isolada.
Sobre os dados coletados, observa-se que 60% dos entrevistados, ouvem rádio de vez enquanto, em contrapartida 6% o ouvem raramente. Pode-se ver nesta comparação o alto índice de valor que um rádio apresenta na vida destes alunos.
Outro índice significativo, demonstra que 100% dos entrevistados ouvem enquanto fazem outras atividades, nesta fala, é perceptível compreender que escutar rádio não os impede de realizar suas demais tarefas cotidianas.
A outra questão faz referência ao motivo principal, pelo qual ouvem rádio, cerca 88% dos entrevistados responderam que estão interessados em diversão, música e humor.
Um dado contraditório foi àn b questão que envolve a escola 76% dos entrevistados disseram que raramente ou nunca existem oportunidades de ouvir rádio dentro do espaço escolar, contra 18% que afirmam que esta ação acontece quase sempre e 6% destacaram que é eventualmente. O que mais pairou no ar foi uma incoerência destas afirmações, pois são alunos de uma mesma classe. Como uns podem afirmar que há oportunidades efetivas de escuta enquanto outros afirmam que raramente ocorrem? Neste ínterim, coube uma questão: o que cada aluno/a está interpretando por escutar rádio? Quem afirma que ouve está destacando o uso de músicas em sala de aula, tocadas em CDs? Eis um ponto que merece uma pesquisa.
O mais importante foi que 88% dos entrevistados apresentam consciência de que o uso do rádio e/ou a criação de uma rádio pode contribuir muito para o aprimoramento de um projeto escolar.
A questão elencada por ordem de preferência foi bastante eclética, no gráfico apresentado, separou-se pelos votos dos entrevistados num total geral que cada um priorizou este ou aquele item. Surgiram outras utilidades para o rádio, como: ouvir músicas e informações sobre esportes; conversas e depoimentos de pais e pessoas da comunidade; informações de pessoas da comunidade (nota de nascimento, falecimento, aniversariante), dicas dos cantores e músicas atuais; ensinar a fazer receitas de bolos e outras comidas; ouvir piadas.
Através deste pequeno movimento de pesquisa e entrevista, foram observadas questões significativas quanto o uso do rádio, como este instrumento comunicacional é importante e está presente na maioria dos lares, em virtude de seu baixo custo financeiro e a facilidade pela qual a comunicação pode ser captada. Mas podemos pensar, de forma singela, no quanto a rádio trabalha com a questão do discurso, pois ao ouvir rádio há marcas discursivas, sentidos impregnados, sentimentos e ações transmitidas por ondas eletromagnéticas:
A interação social por intermédio da língua caracteriza-se, fundamentalmente, pela argumentatividade. Como ser dotado de razão e vontade, o homem constantemente,avalia,julga, critica, isto é, forma juízos de valor. Por outro lado, por meio do discurso – ação verbal dotada de intencionalidade – tenta influir sobre o comportamento do outro ou fazer com que compartilhe determinadas de suas opiniões. É por essa razão que se pode dizer que o ato de argumentar, isto é, de orientar o discurso no sentido de determinadas conclusões, constitui ato linguístico fundamental, pois a todo e qualquer discurso subjaz uma ideologia, na acepção mais ampla do termo. (KOCH, 1996. P. 19)

Como todo e qualquer meio de comunicação de massa a rádio apresenta suas ideologias, pensamentos e dita padrões que muitas vezes são seguidos e aceitos de maneira quase inconsciente, tal ação pode ser usada em prol da educação, ensinar através destas ondas é possível, porém requer um cuidado sério e planejamento, com o discurso que será veiculado. Para tanto é preciso projetar, executar em forma de teste, avaliar as vantagens e desvantagens durante o percurso e, finalmente, validar uma educação na qual o aluno é protagonista de sua própria aprendizagem, não pensamos que é um caminho fácil, pois é na aridez das dificuldades que tomamos fôlego para suplantar este modelo falido de educação e modificar a sociedade na qual estamos inseridos.

Referências:
KOCH, Ingdore Vilhaça. A inter-ação pela linguagem. São Paulo. Contexto, 1996. In: GONÇALVES, Elizabeth Moraes; AZEVEDO, Adriana Barroso. A rádio na escola como instrumento de cidadania: análise do discurso da criança envolvida no processo. São Bernardo. Revista acadêmica do Grupo Comunicacional de São Bernardo. Ano 1 – nº 02 (julho/dezembro de 2004).

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